Diário de bordo #1

Pensem numa cidade QUENTE! Nam....
Sorte minha se eu não derreter até o dia 03
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Nuovo Cinema Paradiso
Qual é a minha surpresa, ao chegar em Afogados e descobrir que o velho cinema, aquele das recordações de menina de minha mãe, estava sendo reinaugurado. Ele foi todo reformado, novos projetores adquiridos e uma festança na última sexta-feira, data da reativação do local.
Claro que não poderia deixar de ir. Até porque, sei lá se quando eu volto ano que vem isso ainda existe....
Então, ontem, domingo, tratei de ir ao cinema assistir ao brilhante filme "Um duende em Nova York". É, eu sei, é tosco, mas até que pareceu fofinho.
Ao chegar na porta do cinema, o que me ocorre: todos os 250 ingressos já haviam sido distribuídos. É que a prefeitura está bancando o aluguel do filme neste primeiro fim-de-semana. [detalhe: dois dias de película custam R$ 500]
(Ah, eu esqueci de mencionar, o cinema tem sessões únicas ao sábados e domingos, às 20h =P Supostamente, deve ser um filme a cada fds... Todos dublados, óbvio, o que não significa dizer de baixa qualidade. O preço dos ingressos ainda não está definido, mas se pensa em algo girando em torno de R$ 1 e R$ 2)
O que acontece é que chega a hora do filme e a sala não está lotada. Sorte de quem esperou e conseguiu entrar, como eu e o Gabriel, meu afilhado.
Aí foi só curtir e esperar, enquanto as janelas eram fechadas, a luz apagada e os ventiladores ligados.
Projeção iniciada...
Dá uns 50 minutos de filme, o som se esvai.
Dá-lhe 20 minutos de filme sem som.
E o impressionante: ninguém gritou, esperniou, fez nada!
Pense num povo educado, esses afogadenses... =P
Os pobres coitados que estão mantendo o cinema ainda tentaram consertar, mas não deu. E aí, o que acontece? Hoje tem cinema de novo! Iupi! =P
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Por que as pessoas insistem em colocar palavras nas bocas dos bebês?
Bebê #1: Dadabubuxibuá!
Tia mais próxima: Oooooow.... Que lindo! "Vamos passear?"
Multiplique essas traduções simultâneas por quatro bebês...
E alguém me ajuda a entender por que eles gostam tanto de mim...
Será uma vocação de " prima mais velha" mesmo? =P
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Não perca! Nos próximos episódios do diário de bordo de Amanda em Afogados:
===> Quando se fica à par dos assuntos que sempre esconderam de você
===> Meu Deus! Eu estou assistindo à Celebridade!
E muito mais!!!! =D
Enquanto isso
Non ti scuordare di me
Um dia eu volto. Tenta não pensar no hoje. Pensa no domingo. Talvez seja melhor por hora.
Trilhões de beijos que não sei se vão chegar agora (mas ainda que tardios, vão chegar!!!! =***************...oo)

Faleceu, na madrugada de sábado para domingo, José Cassiano da Silva, ou melhor, seu Muriçoca.
É natural esperar que um senhor de 89 anos, acometido de algumas enfermidades, tivesse este destino em breve. Mas algo não me deixava pensar assim.
Ficava imaginando quando ele estaria de novo recepcionando os espectadores do Theatro José de Alencar, o dia em que eu fosse me apresentar por lá e ele me reconhecesse e nós conversássemos...
Para quem não sabe, eu estive "pesquisando" o seu Muriçoca neste semestre, para a disciplina de Sociologia Urbana, da professora Glória...
E neste momento soa estranho ter passado uma hora e meia conversando com ele em sua casa na última quarta-feira...
Tê-lo apresentado aos colegas na quinta...
Ele vir a falecer no domingo...
E eu ter de escrever hoje sobre ele, dando um enfoque interessante à sua vida, mas o qual perdi a vontade de desenrolar agora que soube de sua partida. De alguma forma, sua vida merece mais que um mero trabalho acadêmico.
Talvez uma peça de teatro. Ou um espetáculo de dança mesmo.
Boa viagem, Muriçoca...
:~

E, de repente, a sentença que soou como com mais ênfase do que um palavrão:
"Você esteve relapsa com este jornal, Amanda..."
:~
Eu assumo, aqui, publicamente, que dessa vez exagerei. Tentei abarcar o máximo número de atividades que pensava poder cumprir. O que vi foi, pela primeira vez, uma Amanda estressada e doente por não conseguir dar contar de tudo. Mas no meu lindo imaginário, tudo estava correndo bem, frouxo até...
Até que o Elizeu disse isso aí em cima.
E eu me senti um lixo por não conseguir fazer minhas coisas bem feitas. E se não for bem feito, não deveria valer a pena.
Trocentas cadeiras eu fiz por fazer. Só o corpo presente. Porém, com algumas específicas não era pra ser assim e eu não me senti assim. Jornal Laboratório foi uma delas e fui relapsa...
Que isto sirva de lição para eu parar de dar desculpas para mim mesma e começar a agir de imediato.
Enfim...

The princess Anastasia on her journey to the past...

E a dança mais frenética de todos os tempos...

Por hora, é o que eu consigo "falar". Depois continuo!
Brigadão a todos que foram =))))

Alguém faz o favor de respirar por mim?
Prometo que agradeço depois...

Tell me a fable